|
De Yunguyo a Puno: cadê a luz do Altiplano? |
Parece que a natureza sabe que cruzamos a fronteira: a paisagem muda completamente a partir de Yunguyo, a primeira cidade peruana na nossa rota. O Titicaca já não é tão azul e o terreno às suas margens é plano, de um marrom acinzentado, desmentido, aqui e ali, por uma pastagem amarelada.
O tempo também mudou e o céu está pesando toneladas. Lá fora, tudo parece ser cinza-chumbo: o céu, o lago, a estrada e as nuvens. Parece que aquela luz dourada ficou toda lá na Bolívia.
|
Povoados cor de adobe |
Até Puno, atravessamos povoados da cor do adobe, nesse “estilo construtivo” bem peruano: as casa nunca são totalmente concluídas. Explicam-nos que as taxas tipo IPTU só incidem sobre os imóveis prontos...
|
Cenas do caminho: a moradora fiando a lã das alpacas... |
|
e o transporte local |
A estação rodoviária de Puno é um pequeno pandemônio e mal deu tempo de nos despedirmos de Paulo, que vai seguir para Cusco. Uma enviada da Stop Tours nos encontra no desembarque, com os bilhetes para nossa visita às Ilhas Flutuantes dos Uros.
Vi pouco de Puno e o que vi não me comoveu: uma cidade grande, à beira de uma baía do Titicaca, com um trânsito infernal. Nossa passagem por lá foi mesmo para visitar as Ilhas Flutuantes dos Uros, que eu contei como foi aqui neste post:
Antropologia McDonnald's: as Ilhas Flutuantes dos Uros