Fim de ano em Barcelona

La Pedrera (esq) e a Casa Batllò, de Gaudí: as filas do fim de ano em Barcelona só me deixaram vê-las pelo lado de fora

Atualizado em outubro de 2019

Que Barcelona é uma muvuca turística, todo mundo já sabe. No intervalo entre o Natal e o Ano Novo (2007/2008), quando estive lá pela primeira vez, a cidade estava à beira de um ataque de nervos de tão lotada.

A folga de de fim de ano na Espanha é longa. O recesso começa antes do Natal e se estica até o Dia de Reis (6 de janeiro). Os espanhóis aproveitam mesmo pra passear — isso vale para Barcelona, Madri, Sevilha, Santiago de Compostela e todas as demais cidades espanholas que já visitei nesse período. Somem-se a eles os visitantes estrangeiros e está feita a multidão.

Com um lindo céu azul e friozinho camarada, o fim de ano em Barcelona foi ótimo para sentir o astral da cidade, mesmo com a muvuca. Na foto, a Plaça Reial, ao lado das Ramblas

O fim de ano em Barcelona é tão movimentado que precisa de uma estratégia especial para aproveitar a cidade nessa época. A sorte é que Barcelona é tão bonita que a gente nem precisa entrar nas atrações (embora deva!) pra se divertir e ficar apaixonada pela cidade.

Veja como foi meu fim de ano em Barcelona e como aproveitar a cidade driblando as multidões:

Hospedagem em Barcelona: apartamento no Raval

Rambla do Raval, Barcelona

Atualizado em outubro de 2019

Na minha primeira visita à capital da Catalunha, minha hospedagem em Barcelona foi em um apartamento no Raval, que aluguei junto com duas amigas, para passar a virada do ano (de 2007 para 2008).

Foi uma experiência bem interessante. O Raval, na época, estava meio na moda, passando por um processo de revitalização. Hoje eu já não recomendaria essa opção, pois o Raval está complicadinho, no quesito segurança. Continua sendo um lugar bacana pra farrear, mas com certos cuidados.

Mas vale a experiência de hospedagem em Barcelona em apartamento alugado. Os preços dos hotéis na cidade são muito altos e essa opção, além de sair mais em conta, permite também uma estadia mais próxima da vida real.

Veja como foi a minha experiência de hospedagem em Barcelona em um apartamento no Raval:

San Gimignano, a cidade das torres

San Gimignano e a paisagem da Toscana vistas da antiga fortaleza da Rocca de Montestaffoli

Meu dia de despedida da Toscana foi muito especial: um bate e volta de Siena a San Gimigano, a cidade das torres. Essa perolazinha medieval fica no alto de uma montanha, está cercada por muralhas e, em suas rua muito quietas, parece que o tempo parou.

Com menos de 8 mil moradores, San Gimignano é conhecida por ter “mais torres que habitantes”— claro que isso é uma brincadeira, mas a tradição medieval que levava cada família poderosa a erguer sua própria torre, por segurança e ostentação, foi muito levada a sério por lá.

Seguindo a trilha em torno das muralhas de San Gimignano, a gente tem a sensação de que está pairando sobre a Toscana

A pequena e orgulhosa república de San Gimignano chegou a ter 72 torres, no auge de sua pujança, no Século 12. Muitas já ruíram, eu contei 14 ainda de pé, mas deve haver mais.

San Gimignano é um destino perfeito para um bate e volta a partir de Siena. São apenas 43 km de distância e a parada de ônibus que leva até lá é no centro da cidade.

Uma trilha em torno das muralhas de San Gimignano oferece um passeio inesquecível

O trajeto de ônibus entre Siena e San Gimignano é feito em uma linha do tipo pinga-pinga, coisa que na Toscana significa atravessar cidadezinhas simpáticas, belos campos, com todas aquelas cores inacreditáveis (o outono na região é mesmo um escândalo de bonito).

Veja as dicas para um passeio à encantadora San Gimignano:

Siena: dicas práticas

A beleza medieval de Siena é um grande contraponto ao esplendor renascentista de Florença. Vale a pena combinar as duas cidades em uma visita à Toscana

Atualizado em janeiro de 2016
Siena é uma parada "obrigatória" na Toscana — as aspas estão aí para lembrar que nada é obrigatório nas suas férias, apenas recomendável 😊

A cidade é uma preciosidade medieval que oferece um contraste interessante com Florença, com suas belezas renascentistas.

Siena e Florença competiram em poder e esplendor, no final da Idade Média, mas uma epidemia de peste estancou o avanço de Siena.

Siena é apaixonante

Enquanto Florença seguiu adiante para se tornar o ícone maior da Renascença, sua vizinha e rival ficou como que congelada no tempo, com suas fachadas de tijolos marrons e ruelas tortuosas.

Você pode conferir as atrações de Siena no post anterior. Aqui, eu listo algumas dicas para facilitar sua viagem até essa fofura toscana — e recomendo vivamente que você vá até lá.

Atrações em Siena, Itália

O Pallazzo Comunale é a histórica sede de governo de Siena e construção mais notável da Piazza del Campo

A apenas 72 km de Florença, Siena é um encanto de outro tempo e em outro tom.

A cidade foi muito poderosa, nos séculos 13 e 14, a ponto de rivalizar com Florença pelo domínio da Toscana. Mas — como em mais uma história que lembra o enredo de A Bela Adormecida — uma epidemia estancou o esplendor de Siena e a fez quase que parar no tempo.

A decoração da Biblioteca Piccolomini é uma das grandes atrações de Siena

Com um Centro Histórico de feições francamente medievais e uma paleta de cores que raramente escorrega do ocre — reforçado pelas cores dos campos ao redor, no final do outono —, a cidade tem uma beleza docemente melancólica e um relevo acidentado que parece que foi inventado para proporcionar incontáveis mirantes a quem se exercita no sobe e desce pelas ladeiras estreitas.

Ligada a Florença por ônibus e trens regionais, Siena é uma esticada perfeita para quem visita a “capital da Renascença” e quer descobrir mais encantos da Toscana.

Detalhe da fachada do Palazzo Comunale

Fiquei três noites em Siena, com direito a um bate e volta a San Gimignano e adorei essa escala do meu roteiro de três semanas na Itália.

Veja o que você vai encontrar nessa perolazinha da Toscana:

Veneza - bate e volta à ilha de Burano

Burano é uma venezinha sem palácios ou grandiloquência

Uma boa dica de passeio pra quem está em Veneza é fazer um bate e volta à Ilha de Burano, uma fofura que fica a 30 minutos de viagem de barco, partindo das Fondamente Nuove.

Burano é uma venezinha sem palácios ou construções grandiloquentes, um charme de casinhas pintadas em cores fortes à beira dos canais e com uma tremenda cara de lugar onde mora gente (e mora mesmo! Mas só 4 mil pessoas).

Burano (assim como Murano. famosa pela indústria de peças em vidro, e Torcello) fica na Laguna de Veneza, conectada à cidade dos doges por transporte regular em barcos robustos e seguros.

Veja as dicas: